terça-feira, abril 09, 2013

Mini-jobs



Esta informação exemplifica um modelo,ainda que passageiro, para resolver pontualmente uma situação mais difícil:-
governo britânico pondera importar o modelo alemão dos ‘mini-jobs' para combater a taxa de desemprego que atinge 2,56 milhões.
O sistema germânico permite que os trabalhadores que ganhem até 400 euros por mês não paguem nem impostos, nem contribuições - já os patrões têm de pagar sobre estes salários uma taxa única para as pensões, segurança social e impostos, que simplifica a burocracia das empresas.
A ideia ganha agora adeptos no outro lado do Canal da Mancha. Segundo os media britânicos, "influentes deputados conservadores" têm pressionado o ministro das Finanças, George Osborne, a incluir os ‘mini-empregos' num futuro pacote de reanimação económica. Além da isenção fiscal dos salários até 400 euros, Osborne equaciona ainda limitar os impostos às remunerações entre os 400 e 800 euros. "O modelo está a ser analisado pelo governo. Há muitas ideias a serem ponderadas como parte do impulso para a desregulamentação, e esta é uma delas", afirmou um aliado de Osborne ao jornal ‘The Guardian'.
A iniciativa, introduzida na Alemanha em 2003, é vista como uma das chaves para o "milagre" alemão que tem hoje uma taxa de desemprego de 6,8% - um dos valores mais baixos da Europa e que contrasta com os 15,4% em Portugal ou os 24,6% e 23,1% de Espanha e Grécia, respectivamente.
Os críticos notam, no entanto, que o sistema irá ‘trancar' parte da força de trabalho em empregos de baixos salários. Hoje, só os rendimentos abaixo de 10.312 euros por ano - 859 euros por mês - no Reino Unido estão isentos de tributação.
Os Liberais-Democratas (lib-dem) de Nick Clegg, parceiros de coligação de Cameron, são vistos como um dos potenciais focos de oposição ao novo sistema.
O ministro da Economia Vince Cable, também lib-dem, já afirmou publicamente que a proposta "é uma solução alemã destinada a lidar com problemas próprios do mercado de trabalho germânico, causados pela sua carga fiscal relativamente elevada sobre o trabalho. Isto é bastante diferente da situação no Reino Unido". Ainda assim, uma fonte deste partido afirmou ao ‘Guardian' que "não é verdade" que os lib-dems sejam contrários à ideia, estando abertos a "todas as opções".

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