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sábado, abril 11, 2015

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São jovens licenciados que optaram por seguir um rumo diferente ao da sua formação. Numa altura em que os números do desemprego jovem voltam a bater recordes, há quem procure alternativas e consiga atingir algum sucesso.
Segundo os dados divulgados pelo relatório do Eurostat, o desemprego entre os jovens até 25 anos continua a subir. Em fevereiro de 2014 encontrava-se nos 35%, face aos 34,6% do mês anterior. Os valores avançados pelo Eurostat, gabinete oficial de estatísticas da União Europeia, colocam Portugal acima da média europeia, sendo que a Europa a 28 apresenta agora uma taxa média de 22,9% de desemprego jovem.
Joana Lage, João Teixeira da Cruz, Roberto Cortez e João Gomes são quatro jovens que não fazem parte destas estatísticas. As razões que os levaram a exercer fora da sua área de formação são diferentes, mas hoje estão contentes com aquilo que fazem.
Joana é licenciada em Fisioterapia e trabalha como assistente de bordo na companhia aérea TAP Portugal. A familiaridade com a profissão fê-la embarcar nesta viagem e facilitou a decisão. Dos quatro, Joana Lage é a única que já exerceu na área para que estudou, mas quando começou a trabalhar como fisioterapeuta apercebeu-se de uma série de condicionantes que a deixaramdescontente com a profissão em Portugal.
Tal como Joana, a família de João Teixeira da Cruz também teve alguma influência aquando da escolha do seu futuro profissional. Licenciado em História, trabalha por conta própria numa empresa de mediação e corretagem de seguros: “O meu pai exercia a atividade por conta de outrém, numa outra empresa, e a minha mãe também, logo eu é que assumi. Fiquei com a carteira de clientes dele e abri um escritório”, conta.
João não se arrepende do curso que escolheu e garante tirar partido do que aprendeu. Joana também reconhece a utilidade da Fisioterapia na sua profissão e assegura que os conhecimentos adquiridos durante a licenciatura ajudam-na a reagir de forma mais assertiva a algumas situações. “Nós podemos ter imensos casos médicos a bordo (…) e [é bom] mesmo para mim, permite-me saber o que está a acontecer com o meu corpo enquanto assistente de bordo”.
Roberto Cortez e João Gomes licenciaram-se em Relações Internacionais e Estudos Europeus mas a dificuldade em arranjar emprego fê-los seguir caminhos diferentes. A falta de oportunidades na área levou Roberto a viajar até à República Checa, onde começou a trabalhar enquanto assistente de marketing numa empresa multinacional. Hoje trabalha como freelancer em marketing online e garante que o facto de sempre ter gostado de “internet, tecnologias e de tudo o que estivesse relacionado com o audiovisual” fizeram-no agarrar a oportunidade.
João Gomes reconhece que foi a crise atual que motivou a procura de emprego no estrangeiro. Trocou Portugal por Inglaterra para começar a trabalhar como comissário de bordo na companhia aérea Ryanair. Para João, o curso de Estudos Europeus tem-se mostrado útil para o cargo que desempenha, sobretudo pela bagagem cultural que adquiriu: “Quando estás a tirar um curso nesta área, acabas por estudar culturas diferentes e maneiras de abordagem diferentes” o que, garante, acaba por facilitar a interação com as pessoas com quem trabalha. Ao contrário, Roberto assegura que o curso não o ajudou em nada, pelo menos em termos práticos.
Joana, Roberto e João Cruz estão satisfeitos com o sucesso profissional que alcançaram e não se imaginam a exercer nas suas áreas de formação. João Gomes contraria a tendência e afirma ambicionar um dia conseguir um emprego ligado aos Estudos Europeus: “Gostava de tentar trabalhar na área de Relações Internacionais/Diplomacia porque acho interessante. Basicamente, vou tentando”.

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